O governo federal anunciou que planeja ampliar gradualmente a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com rendas de até R$ 5 mil mensais. Esta medida, prometida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua campanha, está programada para ser totalmente implementada até o final do mandato em 2026. Atualmente, a faixa de isenção cobre rendimentos de até R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos.

Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, destacou que estudos já estão em andamento para viabilizar o aumento sem prejudicar as contas públicas. Apesar do impacto significativo previsto, estimado entre R$ 60 e R$ 70 bilhões anuais, o governo acredita que é possível compensar a redução da receita com alternativas como a taxação de dividendos e ajustes na reforma tributária.

Esta atualização será realizada de forma escalonada, com ajustes anuais na tabela de IR. A medida busca corrigir uma defasagem histórica, já que a tabela de imposto não foi ajustada de forma compatível com a inflação nas últimas décadas.

Embora a isenção seja uma vitória para os trabalhadores de baixa e média renda, os impactos fiscais continuam sendo uma preocupação. O aumento das isenções exige contrapartidas para evitar aumento no déficit público, que já é uma questão desafiadora para o governo.

Além disso, especialistas consideram que a medida pode contribuir para uma maior justiça fiscal, aliviando a carga tributária sobre os mais necessitados e reforçando o poder de compra. Porém, alertam que é essencial equilíbrio para que o crescimento econômico e as metas fiscais sejam mantidos.

A expectativa é de que a ampliação da faixa de isenção seja acompanhada por outras reformas, como a tributária, que promete simplificar o sistema e torná-lo mais progressivo.

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